Tempo... Sim sinto-me sem Tempo, num Tempo em que todo e Tempo é muito, E que não quero contar...por isso voo no Tempo, E Sonho com o Tempo, em que todo Tempo, seria pouco para estar Contigo!
Hoje queria ver o mar, onde te encontro, Hoje queria atravessar as ondas, que ja atravessaste, Queria ser um raio deste sol que te toca todos dias, Queria ser uma gota de azul no teu ceu, fazer parte do teu dia... Agora que o dia termina, espero encontrar-te num sonho! Para quando acordar, ir ver o mar, olhar-te mais um pouco, como se por um momento, pudesse olhar-te, eternamente...
Por vezes nao sei onde estou, longe dos meus castelos e princesas, longe do meu cavalinho de baloico, longe do meu cantinho de brincadeiras, onde eu podia ser tudo, afinal bastava eu e quem quisesse entrar nas minhas brincadeiras. O tempo corre e em cada tic tac do relogio de pendulo de casa da minha Avó, chegam memórias do que ali passou, sonhos que a infância deixou para tràs, com sorrisos de rebuçado e gargalhadas de luz. Por vezes sinto-me descalça, com uma imensa vontade de voltar a ser a menina que fui, enrolar as minhas madeixas loiras com os dedos, agarrada ao meu fiel ursinho de peluche. Sei que sou a mesma, sei que esta parte ainda vive em mim, mas as marcas do tempo, da vivência, das perdas e vitórias, vão gastando o brilho imenso de outros dias. Nunca me contentei com o que não me faz feliz. Sempre fui uma menina crescida que sabia estar, falar e encantar. Aprendi piano e francês e muito mais. Até ao tal dia em que cresci, não me lembro bem quando. Sei que um dia acordei ne...
Não me procures mais, pois sempre estive aqui. Não te escondas mais, porque posso não encontrar-te. Aqui cheguei, aqui estou à porta deste teu castelo de príncipes e princesas, pintado e esculpido de mil e uma noites e cores quentes, de sonhos e sorrisos, brincadeiras e gargalhadas nossas. Quando percebi onde estavas, deparei com esta muralha em teu redor. O portão está fechado a mil correntes e cadeados, e aqui, sentada à porta de ti, a única coisa que vejo são as purpurinas que imanas em noites de sonhos acordado. Onde sonhos de menino se fundem com desejos do homem que és, e não consegues ver... Sentei-me aqui junto ao teu portão, depois de percorrer montanhas de sonhos sem retorno, depois de navegar por mares perdidos ...
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