Peregrina do amor
Não me procures mais, pois sempre estive aqui. Não te escondas mais, porque posso não encontrar-te. Aqui cheguei, aqui estou à porta deste teu castelo de príncipes e princesas, pintado e esculpido de mil e uma noites e cores quentes, de sonhos e sorrisos, brincadeiras e gargalhadas nossas. Quando percebi onde estavas, deparei com esta muralha em teu redor. O portão está fechado a mil correntes e cadeados, e aqui, sentada à porta de ti, a única coisa que vejo são as purpurinas que imanas em noites de sonhos acordado. Onde sonhos de menino se fundem com desejos do homem que és, e não consegues ver... Sentei-me aqui junto ao teu portão, depois de percorrer montanhas de sonhos sem retorno, depois de navegar por mares perdidos