É UM DESPERDÍCIO NÃO NOS ABRAÇARMOS, É tempo de abraçar-se… a si mesmo! “É um desperdício, não nos abraçarmos.” A frase surge há anos atrás de uma troca de ideias entre a jornalista Laurinda Alves e o psicólogo Eduardo Sá. Verdade absoluta: é um enorme desperdício não nos abraçarmos, não nos tocarmos, não nos beijarmos afectuosamente. O abraço é um embalo, um berço, um inesgotável porto de abrigo. Há que falar abertamente de emoções, tantas vezes caladas. Sem receios ou pudores. Cada um de nós, no mais íntimo de si, esconde fragilidades, acarreta medos e um sem número de dores. Todos nós, até os mais fortes e auto-suficientes. Todos, sem excepção, temos, ‘as nossas chagas escondidas’. Assim dizia Francisco de Assis, quando o menosprezavam por cuidar dos leprosos. O Mundo precisa urgentemente de afectos! E de abraços calorosos, sentidos, para conseguir suplantar uma humanidade massificada, estereotipada, empedernida e cada vez mais esvaziada de afectos. António Alçada Baptista, o escri