Promessas...

Até que ponto construímos o nosso futuro a partir de promessas?
Tenho a impressão que há muito poucas coisas na nossa Vida que tenhamos dado tamanha importância. Um contrato de trabalho ou um teste exigem de nós um compromisso, talvez uma série de deveres. Mas nunca nos passaria pela cabeça prometer ao nosso chefe fazer tudo o que ele nos pedisse. Quando prometemos, estamos afectivamante envolvidos, voltar atrás seria falhar algo sério com alguém, ou com nós mesmos.
Uma promessa é um risco. E pergunto-me o que estará no fundo de nós que nos torne possível garantir um espaço do nosso futuro a favor de alguém ou de alguma coisa?
De certa maneira, alguém toma conta de mim, não pertenço só aos meu desejos, mas faço parte do sonho de alguém, que sem mim não o poderá realizar.
E se tenho tantas dificuldades em, por vezes, prometer a mim mesma vir a ser melhor, não desisto de arriscar coisas boas e minhas. Com todas as suas consequências e nem que seja para toda a Vida. Isto supera-nos completamente!
Prometer é como desenhar na areia uma palavra que quer ser definitiva. Que a primeira maré apagará. Mas permanece o movimento da alma que me permitiu um dia ser gigante. E isto é exigente. É darmos todo o espaço à Eternidade de que somos feitos!

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