Não me contes o fim...
Choro, choro uma despedida empurrada pelo silêncio do teu medo, por a culpa que criaste, por um Sonho que insistes em negar. Quanto ao Amor, esse que tu guardas no mais profundo de ti, vou fazê-lo crescer. Sim, hei-de fazê-lo crescer tanto, que um dia vais poder conhecer a árvore que plantámos juntos! Talvez dos ramos te aviste um dia e sejas surpreendido pelo reencontro, com o que aqui deixaste, e que farei crescer, cada dia. Quanto te pedi palavras, menti. Não eram palavras que queria ouvir, queria tocar-te. Escondido em ti... Queria entender toda razão que dizes ser tua, queria encontrar-te mais uma vez. Já não consigo encontrar-te no meio de tanto nevoeiro e fumo. O que resta de ti, é um retrato do que queres mostrar ao Mundo. Um retrato que esconde a fraqueza do que não queres ser. Um retrato que mostra aquilo que afinal, nunca foste. Um retrato que tem o peso da culpa que criaste, para permanecer, tentando abafar o que um dia te fez sair, respirar... Olho para o que resta de ti e