Não me contes o fim...


Choro, choro uma despedida empurrada pelo silêncio do teu medo, por a culpa que criaste, por um Sonho que insistes em negar.

Quanto ao Amor, esse que tu guardas no mais profundo de ti, vou fazê-lo crescer.
Sim, hei-de fazê-lo crescer tanto, que um dia vais poder conhecer a árvore que plantámos juntos!
Talvez dos ramos te aviste um dia e sejas surpreendido pelo reencontro, com o que aqui deixaste, e que farei crescer, cada dia.

Quanto te pedi palavras, menti. Não eram palavras que queria ouvir, queria tocar-te.
Escondido em ti...
Queria entender toda razão que dizes ser tua, queria encontrar-te mais uma vez.
Já não consigo encontrar-te no meio de tanto nevoeiro e fumo.

O que resta de ti, é um retrato do que queres mostrar ao Mundo.
Um retrato que esconde a fraqueza do que não queres ser.
Um retrato que mostra aquilo que afinal, nunca foste.
Um retrato que tem o peso da culpa que criaste, para permanecer,
tentando abafar o que um dia te fez sair, respirar...

Olho para o que resta de ti e as imagens ganham cor, ganham vida...
Não vou deixar esbater a imagem que cravaste em mim, do que é nosso.
É impossivel apagar o que deixaste...

Posso viver sem ti. Deixaste vazio, o lugar que é só teu.
Posso abdicar de ti, adormecer o sonho, mas nunca fechar ou esconder este Amor.

Não me contes o fim, porque nenhum fim será o nosso, nenhuma distancia será um verdadeiro adeus.
Tempo: o tempo vai trazer-te as respostas que insistes não escutar.
Silencio: o silencio há-de gritar muito alto, tanto que enlouquecerá a tua alma.

Não me contes, porque eu nunca te pedi, o fim.

Comentários

Anónimo disse…
A tulipa maluca diz:

Não existem respostas perfeitas... sabes porquê? porque certas pessoas não foram feitas para serem amadas. Certas pessoas gostam de viver na infelicidade para sempre, agarrados a um passado fútil e vazio, simplesmente porque é mais fácil do que VIVER!
maresia disse…
Vive intensamente e poderás morrer em pleno ainda hoje! Sentir, viver, ultrapassar, perder, reerguer... tudo vale e é melhor que não Viver!

Depois de sab, morrer ka nada

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