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A mostrar mensagens de abril, 2008

A verdade liberta

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O óbvio está sempre diante dos nossos olhos e muitas vezes não o vemos. Como quando procuramos algo, que afinal está ali em cima da mesa e viramos as coisas do avesso, até que acabamos por nos rir com a nossa própria distracção. A nossa verdade diz respeito àquilo que temos hoje e agora, não a ideais futuros. Muito menos diz respeito a coisas passadas, às quais continuamos a dar uma importância excessiva. Se vivemos entre sonhos e memórias, não podemos deixar de perceber que o que existe agora, é o mais concreto que temos entre mãos. E que o que um dia sonhámos, até poderia ter sido muito diferente e melhor, mas é isto que temos. Ao saber o que tenho, posso tomar tudo como um papel onde desenho, ou uma pauta onde escrevo música. Mas não posso desenhar no vento, nem esculpir em pedras enterradas. E a liberdade nasce de um acarinhar as oportunidades presentes e fazer delas, os meus caminhos possíveis, onde passo a passo encontro a verdade que me liberta.

Palavras

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Qual o dia mais belo? Hoje. A coisa mais fácil? Errar. O maior dos obstáculos? O medo. O maior erro? O abandono. A raiz de todos os males? O egoísmo. A distracção mais bela? O trabalho. A pior derrota? O desânimo. Os melhores professores? As crianças. A primeira necessidade? Comunicar. O que mais lhe faz feliz? Ser útil aos outros, mesmo sem retorno. O maior mistério? A morte. O pior defeito? O mau humor. A pessoa mais perigosa? A que mente. O pior sentimento? A raiva. O presente mais belo? O perdão. O mais imprescindível? Um lar. A rota mais rápida? O caminho certo. A sensação mais agradável? A paz interior. A protecção efectiva? Um sorriso. O melhor remédio? O optimismo. A maior satisfação? O cumprir o prometido. A força mais potente do Mundo? A fé, acreditar. As pessoas mais necessárias? Os Amigos e a Familia. A mais bela de todas as coisas? O Amor.

Cores

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Por muito que façamos coisas novas e isso também depende das alturas do ano, vejo que a grande maioria dos nossos dias, se passam em horas de rotina. Passamos pelos mesmos lugares, estamos com as mesmas pessoas, ocupamo-nos nas mesmas coisas. Por vezes até acreditamos que não precisamos de muito mais, ou mesmo que pode dar trabalho caminhar um pouco pelo desconhecido, ou descobrir cores que nem sabiamos que poderiam existir. Será falta de tempo, de espaço ou de vontade? Somos colegas, amigos, familiares, todos com um determinado estilo de Vida, ao qual nos vamos habituando. Se por um lado, isto é bom, porque deixamos que o tempo passe, e aprendemos a aceitar aquilo que é o mais habitual em nós, por outro, há um enorme risco de ficarmos presos, ao que conhecemos e sabemos de cor, ao que acontece habitualmente, ao que o nosso olhar permite, sem espaço para um pouco mais. Passamos a ser a razão para o limite, a que nos impomos. E dou-me conta de que nada é tão triste como uma monótona rot

Colagem: A Aventura da Saudade...

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O coração português vive mal. Toda a gente faz falta...A saudade é geral. É um fenómeno de massas. Toda a gente faz falta a toda a gente. Olhe à sua volta. Há uma probalidade 90 por cento de estar com a pessoa errada. É um genocídio sentimental. Assistimos impassivos, de mala na mão e caneta na boca, ao massacre. Só que não podemos protestar. Aprendemos desde pequenos que saudades são coisas boas. Vem nos livros. Conhecemos os poemas de cor. Se a alma dói, dizem-nos que é sinal que se tem qualquer coisa no peito com que doer. Se nos lembramos sem nos querermos lembrar de uma mão que não podemos agarrar, a deixar cair um cigarro, dum cais, dum riso, dizem-nos que isso é bom, que é uma prova de amor. É como dizer que deitar sangue da cabeça quando se bate com a cabeça no chão é bom, porque é sinal que se está vivo. A ausência, estão sempre a ensinar-nos, é quase melhor do que a presença. A saudade embeleza os sentimentos. A memória melhora. As lágrimas lavam a vista. A saudade dói, mas é

Horizonte

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Corremos Vidas com o desejo de um tal encontro... Entre grãos de areia e ondas de mar, em busca da tal onda perfeita, onda de liberdade. E por entre o céu e a terra a ilusão de tocarmos um horizonte que se perde entre as ondas e que nos prende o olhar. Esse horizonte que é templo de reencontro e adeus ao sol. Esse horizonte onde a realidade e o sonho se tocam. Esse horizonte que por mais presente, nos faz acreditar num amanhã, pelo desejo de voltar. É que por aqui, mesmo quando o Mar está revolto, há algo supremo, que nos faz parar...

Parar um pouco...

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Em determinados momentos da nossa Vida, quando achamos que há muitas coisas no coração a exigirem de nós, é útil parar um pouco e decidir. Afinal não é fácil deixar de lado todas aquelas coisas que parecem tão urgentes. O tempo, esse, é sempre tão pouco, tão escasso e tão útil para não o perder. Para não gastar em coisas que sabemos que serão resolvidas, mais cedo ou mais tarde. Isto claro, se algum dia chegarem a acontecer... Como em tudo, o equilibrio no "agir" e "pensar como agir", é importante. Especialmente quando tocamos em sentimentos e emoções. Até porque os ponteiros do relógio, farão rodar no tempo esses sentimentos. Por nem sempre encontrarmos a coragem e a paz, de os fazer girar, ao ritmo do Essencial. Há qualquer coisa parecida com a coragem de reconhecer a verdade do que se passa cá dentro, cá bem no fundo, entre o sentir e aceitar o que simplesmente é. Tem tanto de salto arriscado, como de confiança e paz. Quando sei o que preenche o meu coração, não

Em busca de Paz...

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*foto por TLS, India - Par Khajuraho exprime a atracção dos Seres num hino ao Amor. Esta arte, afirma a eternidade do Homem; A Paz dentro dum coração, não é um caminho linear. Sobretudo porque não se chega lá através de um esquecimento ingénuo dos pesos da nossa história. Há uma dimensão de luta corajosa diante de muralhas que se erguem em nós, e às quais vamos tentando escapar, andando às voltas para evitar encontros óbvios. Um coração marcado por um desejo de paz, não tem medo da verdade, de se pôr diante de tudo com vontade de ficar esclarecido, para chamar pelo nome as coisas que são ridículas e as coisas que são importantes. A Paz ajuda a decorar a casa com cores e flores bonitas e a atirar pela janela sombras que se desfazem com a luz do sol. E é admiravelmente eficaz, em fazer isso! Depois abre-se numa porta escancarada, que sorri, respira fundo e caminha em passos plenos.

Depois de algum tempo, aprendemos

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*foto pot TLS, India Depois de algum tempo, aprendemos... A subtil diferença entre segurar uma mão e entregar a alma. Aprendemos que Amor não significa encosto, que companhia nem sempre significa segurança. Aprendemos que beijos, não são contratos e que presentes não são promessas. Aprendemos a aceitar as nossas derrotas de cabeça erguida e a olhar em frente com a graciosidade de ser Mulher, sem aquela mágoa de criança. Aprendemos a desbravar caminhos num Presente, porque o amanhã é demasiado incerto para grandes planos. Até porque "os nossos futuros" têm uma certa tendência a cair, a meio do voo. Depois de algum tempo, aprendemos que até o Sol queima, se for demasiado. É então que aprendemos como plantar o nosso próprio jardim, onde podemos decorar a nossa alma, em vez de esperar que alguém um dia, nos ofereça flores. Aprendemos que afinal conseguimos persistir, que somos realmente fortes, que temos valor, que merecemos o melhor! Depois de algum tempo aprendemos, que até nu

Primavera

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Chegou a Primavera, com sol e calor... Dias de perfume intenso e uma vontade imensa de estar a olhar para tudo lá fora, a completar espaços interiores, que tanto precisam de arranjar um lugar seu, um lugar melhor. Quando contemplamos algo grandioso, fica esta sensação de pequenez, de tentar dizer em palavras tímidas que, não era preciso tanto... Tudo porque sem querer somos olhados assim, de forma completa e amada. Pergunto se valerá muito a pena gastarmos pensamentos a pensar, que recompensas devemos ter dos nossos esforços, ou de nos esforçarmos para ter um quadro completo, aquele que sucederá daqui a alguns dias, meses ou anos?... Da experiência que vamos ganhando, existe a certeza de que as surpresas nada têm de certo, que são mais e maiores do que imaginamos. Se as nossas expectativas têm algo de nós, acredito que muito mais deve ser posto no modo de estarmos abertos, de nos entregarmos a estas pequenas grandes coisas de todos os dias, e apreciar um pleno que não pede retorno, mas