Humildade




Humildade, acho que é das características mais fascinantes que alguém pode ter... Até porque muitas vezes, reconheço que não o sou. É então que sou confrontada com pequenas armadilhas de amor próprio ou do ego, que de certa forma é ferido. É ai que sou tocada pela incompreensão dos outros, ou por um simples desejo egoico de ser, um pouco mais genial.
A humildade transporta a pureza da verdade. Sobretudo aquela que aceita os dons com naturalidade, e que nos faz afirmar generosidade em pequenos gestos, realçando as nossas qualidades, como a capacidade de olharmos para nós e vermos que somos pessoas grandes e bonitas, ou pequenas e grandiosas, que por vezes nos tornamos em pessoas fantásticas sem deixarmos de ser igual a nós mesmos, e ao mesmo tempo, igual a qualquer um de nós.
Deixo-me encantar quando alguém é capaz de no gesto mais simples, numa palavra sincera, no simples emitir de um som, ser capaz de colocar o maior sorriso nos lábios de alguém, fazer vibrar um coração alheio, de por momentos dar sentido a tudo, no meio do nada...
Mas muitas vezes confundimos humildade com o achar que valemos pouco. Mas é exactamente o contrário! É humilde quem é gigante de coração, sem ter de provar que o é. É imenso quem reconhece os seus erros, limitações e fragilidades, fazendo da humildade o reconhecimento, um caminho a percorrer.
Ser quem somos: tesouros em vasos frágeis. Seria bom ser cada vez mais tesouro e não olhar só para o barro. O tesouro alegra quem o descobre e quem pode trazer coisas bonitas para a vida através dele.
Ser o Tesouro para alguém! Isso é tão bonito, mesmo que seja num breve momento, pode ter o tal sentido, que precisamos...

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