A Música, em mim...


*Nota: Para lêr ao som, de Beethoven:
http://www.youtube.com/watch?v=w2cFEHM9yMw

É companheira dos dias de viagem. Faz parte do essencial, daquilo que um dia reparei que poderia ser o elemento espiritual da matéria, uma espécie de imagem de mim mesma.
Não ficar perdida em desacordos e tentativas falhadas de conseguir estabelecer os meus próprios limites, mas ser capaz de criar sem eles.
A música tem aquele movimento parecido com o vento, que se ouve sem se saber o que é.
Que arranca da alma emoções de agradecer ou rejeitar.
Não há ouvidos indiferentes a grandes sinfonias.
Quem não as ouve, é porque não quer ouvir, mesmo tendo estudado tudo, sobre muitas coisas.
E quando for capaz de ouvir a essência dos gestos que produzem os sons apetecíveis, serei uma espécie de anjo que vive acima das nuvens, sabendo que o chão duro é o melhor que tenho para pisar.
Depois disso, de querer e ter decidido escutar, terei a força de não ter medo, e braços que verdadeiramente agarrem o que acontece de sublime, em cada um dos meus dias.

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