Fascínios...
O nosso dia-a-dia é sempre uma espécie de pequena parábola da nossa vida.
Cada dia aparece como um novo nascimento, caminhos conhecidos a percorrer, cheios de rotina e novidade. Com altos e baixos, momentos de realização surpreendente e consoladora e outros momentos de perda, cansaço, às vezes desilusão.
Não é fácil viver todos os dias entre coisas contrárias. Talvez seja este o grande mistério que vem associado ao facto de respirarmos, de nos movermos, de existirmos e de nos relacionarmos.
Há um desejo que tudo fosse cem por cento eficaz e conseguido. E como não acontece, o desejo traz consigo um peso de frustração.
Porque o nosso mundo somos nós, aquilo que decidimos, aquilo que fazemos. O nosso mundo são os outros e as marcas que nos fazem, na alma.
Perfeição e fascínio, perda e desânimo. A aceitação do nosso facto quotidiano vem vestida com a roupa que lhe quisermos vestir, ou com a luz com que a pudermos iluminar.
Não quer dizer que a aceitação da vida seja relativa a momentos de bom ou mau humor ou à sorte ou azar do que acontece. Assim, viveríamos constantemente atirados para um ou outro lado, conforme o vento.
As raízes são a nossa parte mais sábia... percebê-las, amá-las, cuidá-las e fazê-las crescer é a nossa missão mais autêntica.
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