Asa ferida...
"Fugia do que não podia controlar. Fugia magoado com a dor de se sentir inseguro, perdendo-se na fronteira entre a verdade e o medo dela.
Tivera uma efémera felicidade que ainda lhe corria nas veias, lhe percorria as artérias, lhe inundava o cérebro, ao mesmo tempo que se transformava num regato de solidão. “Os lugares dos outros atingem-nos na nossa insegurança!” – Era o pensamento que o levava a um lago parado: um lugar que não estava vago, que era habitado por cisnes brancos, onde não cabia um cisne negro.
Contudo, não conseguia evitar de a imaginar no voo das gaivotas...
Tivera uma efémera felicidade que ainda lhe corria nas veias, lhe percorria as artérias, lhe inundava o cérebro, ao mesmo tempo que se transformava num regato de solidão. “Os lugares dos outros atingem-nos na nossa insegurança!” – Era o pensamento que o levava a um lago parado: um lugar que não estava vago, que era habitado por cisnes brancos, onde não cabia um cisne negro.
Contudo, não conseguia evitar de a imaginar no voo das gaivotas...
As gaivotas e os sonhos possuem a liberdade de voar por entre as nuvens, indiferentes à agrura da viagem, apenas sentindo o odor a maresia no arco-íris que perseguem. O voo das gaivotas é sustentado pelas asas; são elas a segurança do voo no sopro do vento.
Mas nem ele era uma gaivota nem as suas asas lhe permitiam voar. Era um cisne negro de asa ferida, que tinha sido atingida na sua ainda débil segurança. Não, não podia aventurar-se no voo - as suas asas mal lhe amparavam a fuga. Como poderia ele voar, rumo ao destino do Amor da sua vida... "
Mas nem ele era uma gaivota nem as suas asas lhe permitiam voar. Era um cisne negro de asa ferida, que tinha sido atingida na sua ainda débil segurança. Não, não podia aventurar-se no voo - as suas asas mal lhe amparavam a fuga. Como poderia ele voar, rumo ao destino do Amor da sua vida... "
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