Oferecer, dons...

*foto olhares.pt

Como é possível que alguém seja chamado a realizar-se, se oferece aquilo que recebe?
Um dom é algo que se tem, que foi dado, e alimentado ao longo dos tempos, algo que faz parte de nós. Tesouros que não merecem ficar guardados no pó, em caixas esquecidas, para quando for preciso. O mais certo é que acabemos por esquecer esse tesouros, e que não brilhem, já que o que é precioso, precisa de alguma luz e espaço, para mostrar aquilo que vale. Mostrar que tem algo parecido e grandioso, com o Oferecer.

No mais fundo de Nós existe um movimento, que tem qualquer coisa de vento veloz, com aroma de flores e toque de nuvens. Algo que arranca sementes, por aí dispersas no Universo, até que estas encontrem Terra, eclodam e cresçam flores, à espera de um olhar maior ou mais profundo, que se comova e sinto o belo, ou uma simples mão que as arranque, e as ofereça alguém!

Dizem-se palavras fortes, quando se oferecem flores: como, Amo-te?!
Sim, Amor, a palavra que diz muito pouco daquilo que realmente se sente.
O verdadeiro sentido desta palavra não está em ouvi-la, mas sim em poder dizê-la.
Está talvez na liberdade e na vontade de ficar firme, sem mexer num absoluto que faça tudo, mas que voe, que voe e atravesse muros ou montanhas, e nos deixe suspensos no eterno que tem cada um dos nossos gestos, de amor, de vida...

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